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HISTORIA DE CRISTINÁPOLIS
HISTORIA DE CRISTINÁPOLIS

O tempo passa e os mais velhos insistem em chamar o município de Cristinápolis, a 115 quilômetros de Aracaju, de Christina. E eles têm razão. Aquele município, que já foi chamado de Chapada, recebeu o nome de Christina, em homenagem à imperatriz do Brasil, Dona Tereza Christina. Mas depois passou a ser chamado em definitivo de Cristinápolis.
As terras que viriam a ser um dos mais importantes municípios da região Sul de Sergipe foram 'encontradas' pelos invasores europeus logo depois de 1500. A povoação se formou e se fixou num planalto, entre os rios Urubás de Cima e Urubás de Baixo.
Ela começou por volta de 1575 com os índios que fugiam do avanço sanguinário dos europeus. Foi uma espécie de mocambo. Os 'gentios' saíam de Tomar de Geru, Santa Luzia do Itanhi e Indiaroba. Todos se refugiavam na 'Chapada'. Os índios que sobreviviam aos massacres eram escravizados.
Atrás dos índios e antes dos exploradores, vinham os padres da Companhia de Jesus. Alguns deles se deslocavam da freguesia do Espírito Santo, hoje Indiaroba, e outros de Tomar do Geru. Eles tinham acesso livre na Chapada, uma aldeia que crescia muito, e lá construíram uma capela sob a invocação de São Francisco de Assis.
Governo, Escola e Freguesia.
Segundo os historiadores, o povoado da Chapada teria passado várias décadas isoladas, sem a presença dominante do branco. Apenas índios e religiosos. A chegada de 'colonos' se dava muito lentamente. Os brancos que chegavam e se instalavam por lá geralmente era considerados 'malfeitores'.
Só na segunda metade do século XIX, o Governo da Província acabou criando uma subdelegacia na Chapada. A idéia era "por ordem aos atentados que pudessem ocorrer". Em abril 1849, foi criada a primeira escola pública do ensino primário. O Estado chegava aos poucos. Em março de 1866, através da Resolução 771 é criado o Distrito de Paz da Chapada, mas dois anos depois foi revogado.
Doze anos depois, em 12 de abril de 1878, o distrito se transformou em Freguesia da Chapada de São Francisco de Assis. Estava lá na resolução provincial: "Principiará das cabeceiras do 'Sagüim' a sair na estrada do Caju, que vem do Riacho Seco por este ao Rio Itaymirim no engenho Passagem das Pedras, seguindo rio abaixo até onde deságua no Rio Real, e por este acima até o fim do terreno da sobredita vila do Espírito Santo, conservando no mais a sua antiga divisão como os distritos de Santa Luzia, Itabaianinha e Geru".
Vila, Cidade e Homenagem.
O desenvolvimento da Chapada não parava. Ela já era ponto de parada e passagem para várias vilas e povoados. Em 24 de abril de 1882, a Chapada foi elevada à categoria de vila, já com o nome de Vila Christina, numa homenagem à Imperatriz do Brasil, Dona Thereza Christina. Acredita-se que essa homenagem foi dada por um grupo de autoridades do município que fazia parte da resistência monárquica no Brasil. Outra corrente aposta que o nome foi dado em homenagem a uma amante de um presidente. Assim o território da nova vila acabava ficando independente da do Espírito Santo, hoje Indiaroba.

Mas só 56 anos depois, em 28 de março de 1938, quando Eronides de Carvalho era interventor em Sergipe, a vila se transforma em cidade, mas mantendo o nome de Christina. Somente em 1944 o município passa a se chamar Cristinápolis (terra de Christina). A mudança foi autorizada por outro interventor federal, o coronel Augusto Maynard Gomes. No final da década de 30, o município recebia iluminação pública através de um motor diesel. Tinha duas pensões e apenas um médico.
Cristinápolis tem um grande filho ilustre. Foi o ministro Bernardino José de Souza. Ele nasceu em 8 de fevereiro de 1885 em Christina, e morreu em 11 de janeiro de 1949. Era um jurista de primeira grandeza. Foi professor de Direito Público e Constitucional, Direito Internacional Público, Diplomacia e Direito Internacional Prado.
Foi ele quem construiu o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e a Faculdade de Direito da Bahia. Bernardino teria escrito uma grande obra, até hoje inédita, sobre o carro de boi. Ele morreu como ministro do Tribunal de Contas da República.
Emancipação e Intendentes
Pelos documentos históricos, a criação do município da Chapada ocorreu pela Lei Provincial de 23 de abril de 1882, quando recebeu o nome de Vila Christina. Portanto, para o professor Carlos Leite, o dia da emancipação de Cristinápolis é 23 de abril e não 28 de março. Esta última data se refere à data da elevação da sede do município à categoria de cidade.
Foram intendentes de Cristinápolis: Adrião Cardozo de Araújo, João d'Oliveira Menezes, Hildebrando Araújo, Thomé de Freitas Ávila, David Francisco de Oliveira, Antônio de Freitas Ávila, Zeuxis de Souza Maciel, Oséias Batista Filho. Este último recebeu o nome de prefeito.

Fonte: cnm.org.br